sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Por quê? Porque eu não vou amanhã?
Porque eu nunca vou ser amada tanto a ponto de ser enterrada na memória de um cara feito uma calcinha de gorda entalada na bunda.
Porque seu pau inútil, horrendo e minúsculo pra nada mais serve do que pra te fazer volume a mais.
Porque sinto um asco imensurável do teu rosto, do teu corpo, destes teus menbros inúteis.
Porque eu semplesmente nunca vou ter 20091202930 textos pra mim escritos pra mim para dizer o quanto era bom meter na minha boceta.
Porque eu nunca vou ter 12839812903890 de fotos abraçando/beijando/fodendo com você.
Porque eu nunca quis o seu amor, cacete, só queria um paranóico com belas palavras e que soubesse tocar violão depois de foder e não me fizesse arrepender por isso.
Que me fizesse querer parar de fumar.
Que me quizesse ali, pra sempre.
Não vou mais te atrapalhar com isso porque sei que
Nunca vou ser a maldita letra do alfabeto que sempre completarás com o meu nome
Não serei o livro de veneno pelo qual querer irás acabar com tua vida
Não vou ser mais que teu gozo demorado, mais que o que tua alma superficial permite
Nunca vou ser mais do que duas ou três fotos e umas trocas de palavras breves que nem se quer se aproximam de amor.

Não vou ser a que pensa em você enquanto espera pelo ônibus
Não vou ser a que te guia
Não vou ser a que se assemelha com vossa santíssima Mãe

Não vou ser a que tu amas
Não vou ser a qual pela quem clamas
Pela qual clamas nas noites escuras que sente medo
que sente desejo, desejo imensurável de alguém ali

Cinco, dez, vinte cigarros
te puxo pra dentro de mim e puxo em forma de veneno pro ar
pra poluir a maldita atmosfera dos fantasmas que rondam à noite
e sussuram ao ouvido teu nome
que repercute em lugar ainda desconhecido.
Mania desgraçada de querer reinventar o amor em gestod reescrevê-lo em inúmeras histórias e jogá-lo fora como se fosse uma butuca de cigarro.
Mas o amor é a maldita fumaça de cinzas que não para de flutuar no universo sem fim no formato de uma casca de noz.
O passado e o presente.

A saudade, ah saudade! Como eu queria não existir em fotos, não existir em gestos, como queria ser um inseto, ou um réptil.
Não queria que o registro de tudo ficasse espalhado por aí como se fossem roupas de pós-foda, não queria que a chama que arde chegasse a me encostar os dedos, não queria que o universso fosse dobrado, em dois, todos os dias,
Eu tento afastar as pontas, mas elas voltam pra todos nós

E não vou ser eu a das fotos, nem das músicas nem de nada
Tudo que faço é registrar com instrumento ou coisa que o valha tudo
Sou o olho que vê, não o que sente, o que chora

Sou só a que assiste Pista tomando alguns coices o grande show das Dores Inalteráveis!

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

I used to treat you right
give you my time
but when i turn my back on you
let me do what you do

You've just enough in my own view
education to perform
i'd like to shoot you all

And then you go home
with you on your own
what do you really know

Mr. Writter,
Why don't you tell it like it really is?
Why don't you tell it like it always is...
before you go on home.

sábado, 6 de outubro de 2007

Ele tinha olhinhos pequenos, apertados. Mãos nem muito ossudas nem rechochudas.
Eu simplesmente gosto de te abraçar.
Antes não sabia o quanto era boa essa sensação de ser desejada. E eu sabia que você queria muito, todo o seu corpo trabalhava em função do meu. Beijou-me com altivez tal que me recordei-me que R fazia-o com a mesma intensidade, com a mesma paixão.
Achei que fosse sentir a falta de R, mas definitivamente, era só vir um igual ou melhor para nem lembrar que ele existe.
Já tinha certeza que nunca mais iria sentir isso mas não, chorei de felicidade, chorei lágrimas por ainda ter alguma esperança, uma salvação. Eu te apertei com força, minha esperança. Te apertei contra mim entre beijos e suor... oh céus, chequei a cogitar que a felicidade não valia a pena sem R, que ninguém mais ia me querer. Mas o desejo ainda estava lá.
E eu encontrei F. Na verdade F me encontrou e me mandou o texto que postei aí em baixo.

E ouvimos Chico Buarque, Coldplay, alguma outra banda que tirava um som lindo, lindo mesmo.
E céus, como eu estava feliz. Nando Reis, Pato Fu, você queria ir num show do Los Hermanos, me contou como a Fernanda Takai conheceu o marido dela.

Te dei de presente um par de brincos, porque sempre quis fazer isso.

Porque agora aquela podridão do passado não me faz mais chorar.
Porque agora só pelo que choro é pela felicidade que você me tráz em cada sorriso pra mim.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Definitivamente era isso que precisara no momento. Uma linha direta com o
objeto de sua obsessão, admiração e desejo, assim dizendo. E sim, um simples
endereço de e-mail! Simples aos olhos de quem dá, mas tão infinitamente
satisfatório para quem recebe.
Observar de longe, imaginar mil maneiras de tentar se aproximar ou mudar de
idéia e apenas aproveitar a doce sensação de ter um amor platônico. Eram
estes os passatempos preferidos do audaz homem.
Algo definitivamente difícil de se explanar, deveras complicado para o
entendimento de pessoas com o mínimo de discernimento. Imaginava comentário
das pessoas a respeito do assunto, pontuado por interjeições de surpresa,
estranheza e desaprovação. Nada disso importava. Estava convicto!
Irredutível. O jovem é decidido e meticuloso, gosta deste tipo de
“envolvimento”, deste flerte praticamente consigo mesmo. Ele gosta de rir
sozinho dos seus feitos e fiascos. Intenso e apaixonado, eu o definiria.
Talvez e claro, tirará suas próprias conclusões...
Tire-as!

Parece ser a maior loucura do mundo, mas eu gosto de você.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Olho praquela gente suada amontoada pra pular em euforia batidas dinâmicas, sucessivas e mais agitadas que harmõnicas, estampa-se uma expressão em cada par de olhos, vira-se 360º, e é tudo igual. Cada um trancado no seu problema, no seu sentimento, sentindo o que sente e ninguém mais pode saber.
E não era a sua falta que eu sentia, era alguma coisa que ali já não estava há muito tempo.
Eu morri. São sei quando morri, e sinto que só levo esse corpo que me pede prazer e dou a ele, não pede dor mas recebe mesmo assim.
O vazio das notas repercute nos ouvidos de todos no recinto. O vento e a chuva me cortam e já não sinto mais seus braços em lugar algum.
Minha mente se acalma em algum lugar sinto você chegar, abrir a porta, sorrir e fazer o que sempre faz. Ah, que belo sonho utópico, distante da racionalidade e tão próximo da condição ilusória impossível das circunstâncias!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Tome o café de todas as manhãs
Na mesma rua, os mesmos ares
Ora frios, obafados
Observa os seres envidraçados por passos largos na rua
Que rumam com pressa a algum lugar
Que rumam sem pressa a lugar algum
Que têm os olhos turvos, olhos tristes
Olhos clichês, olhos vidrados
Olhos envidraçados de alguém que tinha pressa para passar poe essa rua
Por essa vida, e assim era teu olhar .

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Vamos lá, vamos começar a escrever.
Certo. Muitas idéias, ok.
Preciso de um cigarro. Ótimo. Bolsa, bolsa... cadê a maldita bolsa? Aqui, ah achei!
Isqueiro, isqueiro, where is the fuckin lighter? Opa, achei, ai não acende AI FILADAPÚTA meu dedo.
Hm... vejamos o texto, certo, o texto... hmm...
Idéias
Hoje eu...
Butuca um, butuca dois, ai maldição.
Cigarro três, alguém chega, apago correndo.
Merda, cigarro inteiro, ai vou chorar.
Deve estar na hora do remédio. Comprimido rosa do Sábado, ai, maravilha.
Ok, outro cigarro, agora vamos nós.

domingo, 16 de setembro de 2007

In this town, I used to be the king here,
Now I don't mean a thing here
where did it all go wrong?

I look around, and noone knows my face here,
I feel so out of place here, Where did all go wrong?

I say your name, And I wonder where you are now,
I hope you're doing fine, Well I hope that you found love...
I hope that you found love...

I've been thinking of you, every waking hour,
Staring at the wall, trying to find the nerve to call...
Look at your photo and I wonder
Are you still on this number?
But In my heart I know
You changed that number long ago

We said goodbye, you begged me not to leave you,
I didn't want to leave you, but you know I had to go...

I said look for me, when the spring sun shines on the street,
Where we'd meet and plan our future, But I never made it home...
I never made it home...

I turn around, head on over to your street yeh,
Just in case you might still be there, but now they've pulled it down...
Now they've pulled it down...

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Fiquei basicamente uma hora com S no telefone. Ela estava nos USA então não fazia grande diferença no orçamento dela, já que lá mesmo sendo pobre, com cinco dólares dá pra fazer uma ligação de cinco horas.

A me convidou pra sair, pelo jeito dele sair é o mesmo que trepar. Ele era simpático e tudo mas, nada que me impressionasse muito além do corpo. Parece aquele cara alto astral, mas tem o defeito de vir com o dispositivo "Alegria alegria" sem o off. Então, espero alguma ligação no 14º dia.

É ridículo ficar pensando em alguém que você sabe que não pensa em você. Sabe que não tem por você o mesmo afeto e, principalmente, não gasta tanto tempo pensando em você do que você pensando nela.
Às vezes eu penso que só você era bom o suficiente pra estar do meu lado. Os outros me parecem um peso morto, um maldito peso morto que carregam um pau.
Às vezes penso em como teria sido o seu sorriso com determinada piada, ou determinado acontecimento. É automático pensar "se ele estivesse aqui". Na verdade nem penso isso. A sua presença se faz como a fumaça, o seu sorriso vem bem na hora que eu sei que viria, e você desaparece de novo, me deixando ali no vácuo pra ser sugada pelas vozes do mundo.

Às vezes eu penso na sua pele. Na sua euforia. No bosta que você era. Às vezes eu penso no tanto que fiz pra você ficar com raiva, quando na verdade queria dizer que estar ali era tudo.
Às vezes eu penso que mais gente pensa assim. E que isso tudo que eu senti você já teve demais, que eu tava certa, nunca ia entrar na sua vida porque era tudo igual pra você. Buceta era buceta e ponto, tava ali pra ser comida. Eu tento insistir pra mim mesma que não era assim, mas era.

Era tudo igual. Era tudo mesma coisa.
E eu ainda penso nisso, penso muito nisso. Penso que isso me corrói a mente. Penso que nessa maldita cidade, a cada esquina está você caminhando em algum lugar. Eu te espero pra ver se você aparece, mas nunca é mágico como nos filmes. Eu nunca te vejo e morro aos poucos.
Como é ridículo.

Sinto que meu pensamento é oco. Que você está aí mas não volta, eu sei o que você pensa. Você nunca vai voltar. Tento me convencer que você tenta me abafar em alguma música, acender um cigarro pra tragar e baforar seu nervosismo.
E cigarro funciona, e é nele que eu espremo aqui jogada na cadeira do computador.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Era uma garota tão doce. O que sempre me atraiu nela foi o seu silêncio, não era um silêncio qualquer, era cheio de contrastes e pequenos silêncios uns dentro dos outros como ondas num lago.
Ela não tentava me entender, sabia que era tolice pretender isso. Odeio pessoas que entendem, nada é mais sujo e abjeto, entender é o pior insulto, um engodo embrulhado em papel dourado.
Entre nós não foi preciso entender: eu tinha a minha dor com palavras e ela o seu silêncio.

Uma tarde apareceu na minha casa. Fazia seis meses qye não tinha notícia dela, foi uma grnade surpresa. Eu estava vestido porque ia sair. Perguntei como iam as coisas com o cara. Ela não quis falar disso, pediu que eu me deitasse na cama e depois subiu em cima de mim. Tentei abraçá-la. Disse que eu não fizesse nada, que ficasse quieto, que não dissesse uma palavra. Sua voz era dura e raivosa. Era se remexeu em cima de mim com calma e em seguida foi acelerando pouco a pouco. Não me beijou. Suas mãos tocavam o meu rosto e ombros com extrema delicadeza. Ficou uma meia hora em cima de mim e depois se despediu. Não sabia o que fazer, fiquei ali deitado sentindo o seu corpo, com medo de perdê-lo mais uma vez, sentindo como o seu calor esfriava levemente sobre mim, como a sensação de movimento ia ficando imóvel, como se esvaía sua figura, como me deixava sozinho até o fim do mundo. Eu estava molhado e cada extremo da minha pessoa pulsava como mil medos no coração de um pássaro. Não queria pensar, não queria a sombra de uma idéia, não queria saber, queria ficar ausente como o lado oculto de um sonho.

Mudar-se é a pior coisa que existe: deixar um lugar, colocar as coisas num caminhão que o levará para um lugar novo. Os lugares costumam ser anti-sociais no começo, alguns o são sempre. Para trás ficam amigos e namoradas, fica a cor do céu a determinada hora e em determinada companhia. Pensei que uma certa garota era a minha recompensa por cada osso quebrado e tanto impulso assassino, pensei que com ela não haveria truqes nem desassossego, que por fim ia me jogar na grana e respirar o ar do amanhecer. Enfim, Pior. Fui mais eficaz do que a vida, fiz de uma certa garota outra armadilha, outro salto para o vazio e a dor mais aguda e duradoura de todas.

O amor é bom enquanto dura mas às vezes dura demais. Eu gostaria de pensar que tudo acaba e começa, eu gostaria de dizer que a experiência ajuda, eu gostaria de saber que estou morto, que não levo nem jeito pra mim. Felizmente, quando as coisas vão mal alguém vem e as piora, esse é o único alívio.

Era uma vez o amor mas tive que matá-lo, Efraim Medina Reyes

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

E todas aquelas noites ao seu lado, a sua cama, com a qual me habituara a ponto de conseguir nela sonhar, como se fosse a minha.
E Sinatra, Pavarotti, Léo Ferré, Paris Dernière e Baudelaire...
Agora sei que você lia isso para as outras também e foi por isso que acabou.
Você optou pela sua vida babaca, a felicidade nos teria sido enfadonha. Vamos morrer cada um para o seu lado.
Agora espero que todos me contem histórias de você, nas quais não sou mais a vedete, os seus infortúnios, as conquistas que você faz, e quando falo da gente no passado, as pessoas riem da minha cara...
Porque eu digo sempre "nós".
Eles têm razão.

Hell - Paris 75016, Lolita Pille